Depois de umas semanas em que o Verão veio passar a Primavera a Portugal, tudo indicava que com um bocado de sorte iríamos passar uns dias de Algarve (há muito planeados) com bom tempo, quem sabe até uns banhos de mar, muito boa gente já o fez muito mais a norte, e com calor. Quando vim já sabia pelo meu amigo “DIAMANTE” Luís Manuel, que a coisa ia mudar, e, logo no início da semana. Que fazer? Crise, vai-te embora, precisamos, de carregar as baterias, toca a andar que se faz tarde.
Chegámos com sol e calor, já vamos no quarto dia de estadia, o primeiro em que o céu muito nublado, chuva, e alguma trovoada ao longe fizeram a sua aparição. Mesmo assim vieram-me boas recordações, porque quando começaram a cair os primeiros pingos grossos, estávamos na rua, e o cheiro a terra molhada característico de África, veio logo à minha pituitária.
Depois de chegarmos à conclusão que nestas condições não havia nada para fazer na Rua, recolhemo-nos, a minha companheira foi ler, e eu vim para o meu inseparável companheiro de férias, e de todos os dias, o computador, abrir o correio electrónico, e depois dar a volta pelos blogues. Do blogue de uma senhora com muito interesse, "Rosa dos Ventos", amiga da minha amiga Graça, em que ela num post, relembra os seus tempos de escola, veio-me à lembrança os meus tempos de andar a passear os livros, e os cadernos na extinta Escola Académica de Sintra, em que tive tudo para ser um bom aluno, e, dei com os burros na água. Agora fala-se de discriminação, disto e daquilo, ali era a pagar, e havia discriminação, a começar por os meninos de papás ricos não ficarem juntos com os cábulas como eu. Para os chamados “burros” havia a turma B, com 23 burros, onde ninguém estudava nada, uma folha de ocorrências para nós durava um mês, enquanto para os outros durava um ano. Alegando bom comportamento e mais inteligência, os meninos "bem" estavam juntos com as meninas. Nestas também havia burras, mas era como se fossem todas farinha do mesmo saco, estavam todas juntas. Voltando às férias e às recordações, e porquê a analogia com o blogue da amiga da minha amiga, é que a minha “pituitária”, hoje funcionou trazendo-me recordações, e como tal também me fez, e faz sempre recordar a escola, e, o Dr. Vidal, bom professor, mas como pessoa não tenho boas recordações. Numa aula de ciências naturais, estávamos a dar o corpo humano, os cinco sentidos, e particularmente o sentido do olfacto, eis que surge a pergunta; - o que é a pituitária? Ninguém estudava nada, alguém sabia por acaso o que era um bicho daqueles? Correu a turma toda, 23 ignorantes, aquilo ia sempre a somar, o primeiro começava por escrever "x" vezes, se o 2º não soubesse passava ao dobro, e por aí fora, até que chegou a um numero astronómico, ninguém sabia. Eu enchi duas sebentas com a designação de pituitária. Nunca mais me esqueci, da membrana que forra as fossas nasais e onde reside o sentido do olfacto.
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