quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cada um tem o que merece.

Não sou bruxo, não tenho muita paciência para estar a perder tempo com politiquice, mas ouço, leio e vejo tudo aquilo que me possa interessar futuramente.
Já lá vão uns tempos, os dias passam tão depressa que não sei precisar se foi há um mês, mês e meio, realmente não me lembro.  Mas a propósito de um post do meu amigo Pedro Macieira, no seu blog Rio das Maçãs, eu meio desiludido com a nossa maneira de ser, se não me engano eu comentava sobre aqueles cidadãos que se propunham assentar arraiais junto da Assembleia da República.
Nesse comentário eu criticava, o modo como reagimos a tanta vigarice, como somos tão brandos com tanto roubo, como "não" reagimos, e, aceitamos pacificamente que quase nos deitem as calças abaixo, e por aqui me sirvo!...
Nessa altura eu establecia paralelo com a situação grega, afirmando quase com toda a certeza que a Grécia não ía suportar os sacrifícios que estão a preparar para todos nós!
Reagiram, foram tesos, espertos, e, para já 50%. da dívida já está perdoada, fora tudo aquilo que daqui para a frente se verá.
Na Revista STERN, um alemão que farto de pagar, escreveu uma carta aberta, e dizia que primeiro pagara para salvar os bancos, agora tinha que ir salvar os gregos, grevistas e mal comportados, que por isso deveriam ser banidos da Comunidade Europeia, blá, blá, blá.
Então um grego, Georgios Psomás, deu-lhe uma resposta pela mesma via.
Apresentando-se e dizendo que era funcionário público e não empregado público como eles depreciativamente os apelidavam, e ganhava 1000€ por mês e não por dia, dizendo então:

-"Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.
A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar".

Ao ler isto, fica-se com uma enorme sensação de que também já vi isto em algum lado!...
Os submarinos, os carros de origem alemã, velhos e novos, a entrar com toda a força pela porta dentro.
Quem os tem não tem mau gosto...
Só que meus amigos, o governo ainda tremeu um bocadinho com esta do actual lider do PS, querer contrariar esta lei, de nos tirarem os dois subsídios, salvando pelo menos um. Mas, vieram logo passados uns dias e assente a poeira, os "salvadores da pátria", tudo voltou ao início.  Já ninguém fala em safar o que quer que seja.



Outra nome que me ressaltou do que li no Post, a determinada altura está escrita a palavra:
- Mercozy! A propósito de quem dita as leis na Europa.
Genial.
Esta ilustração acima, também me chegou via net enviada por um amigo, como acho que tem todo o cabimento, aqui vai ela com a devida vénia ao seu autor, pela pertinência, sentido de humor, e da realidade dos factos.

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