Portugal ainda do tempo da monarquia, quem tinha dinheiro, investiu trabalhou, ou já era rico, fez obra, deu trabalho e dignidade a muita gente, esse modelo prevaleceu até à decada de setenta do século XX, começando a debacle, hoje fecha uma loja, amanhã uma fábrica até à desgraça dos dias de hoje.
Hoje os notíciários sobretudo da Antena 1, e Canal 1, estão fartos de falar no 25º aniversário do "Incêndio do Chiado", pesquisei e dou de caras em vários lados com a data de 25 de Agosto de 1988, quem tem razão?
O Grandella, de Francisco de Almeida Grandella, homem que veio trabalhar para Lisboa em 1863, para uma loja na Rua dos Fanqueiros, dezasseis anos depois já estava a montar o seu próprio negócio no mesmo ramo, até ser o pioneiro em Grandes Armazéns, criando os seu grande Armazém ao qual deu o seu nome, equipado ao melhor estilo de Paris. Mais tarde foi copiado pelos irmãos Nunes dos Santos, fundadores dos Grandes Armazéns do Chiado, logo ali ao lado.
O primeiro como homem do povo e membro do partido Republicano, fez bairros para os trabalhadores, dotados de creches e escolas para os filhos dos seus empregados, além de outras obras sociais.
Os Armazéns do Chiado, obra dos Irmãos Nunes dos Santos, tiveram a sua origem no antigo Palácio dos Barcelinhos, de que eram inquilinos, tendo adquirido o edifício em 1927 aos herdeiros do Visconde de Ouguela.
Isto é história, quantas vezes nos deslocámos ali para fazer compras, se bem que a partir dos anos sessenta, talvez porque os fundadores já estavam velhos, e quem os substituia não podia ou não sabia dar a volta à situação, estas lojas já não eram as casas mais chiques de Lisboa, e até já pairava no ar o cheiro do fim.
Sou um fanático pelos filmes do Vasco Santana, em especial do PAI TIRANO, todo passado à volta dos empregados do Grandella, e do seu pseudo-GRUPO CÉNICO, sei quase todas as deixas, e, quando dá na RTP MEMÓRIA, mesmo que não veja as cenas todas, ainda sorrio sempre com determinadas passagens e trocadilhos do enrredo, acho uma delícia.
Quem diria que um filme feito na época, numa loja tão multifacetada onde tudo cheirava a progresso, a máquina do tempo encarregar-se-ia de destruir tudo, com um incêndio, que para mim ainda tem muitas nuvens de fumaça por investigar.
O PAI, foi um Tirano!
Pesquisas: - blogue Rua de Lisboa, e Wiipédia.
Cenas do Filme "O PAI TIRANO"
O Lema: - A frase que termina o filme!
Publicidade de secção de luvaria - hoje impensável, ???luvas pele de cão????!!!!!!!!!!!!!
Já vi o Pai Tirano dezenas de vezes! E rio sempre com grande vontade. A minha filha mais nova e o primo da mesma idade sabem deixas e deixas deste filme de cor!
ResponderEliminarUm espanto!
Graça, o Pai Tirano é o filme da família, eu a minha mulher, a minha filha, cunhados, sobrinhos, muitas vezes associamos cenas do quotidiano às deixas do filme, e fazemos as falas do mesmo. É tentador narrar algumas mas, é inapropriado o local.
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