domingo, 5 de fevereiro de 2012

O Roubo do Fundo de Pensões dos Bancários.

Ainda estava no ativo, já se ouvia falar pelo banco, que os patrões estavam ansiosos por se verem livres dos fundos de pensões, e, mandar tudo para a segurança social.
Enquanto os empregados eram todos novos, ainda havia muito dinheiro para aplicar, nunca ninguém falou nos fundos de pensões, até porque diplomas legais protegiam os bancários, acordos esses assinados por ambas as partes, por gente séria e com honorabilidade. Os bancos estavam obrigados a gerir esses fundos prudentemente, coisa que estes novos administradores, garantes dos políticos, e das políticas governamentais não fizeram.

O que nos fizeram é uma grande ladroeira, isso mesmo, fomos roubados, assim como já o tinham feito com  a Caixa Geral de Depósitos, e outras empresas que tinham dinheiro de fundos de pensões como os TLP, e os CTT, a estes também lhes foram garantidas as reformas e os subsídios de férias e de natal, para quê?
Os empregados da CGD, já estão a sofrer as consequências, não são empregados do estado e ficaram sem os seus subsídios de Natal e de férias.

Este filme já tinha sido posto a rodar há uns anos atráz por uma direcção Sindical dos Bancários também desta  linha, e tinham tentado algo semelhante com os SAMS, mas a união da classe cortou-lhes as vasas. Aprenderam a lição. Desta  vez, atraiçoaram os colegas e a democracia. Sem consultar ninguém, sentindo-se legitimados por uma reunião do Concelho Geral, feita com conselheiros manipulados pelo Governo, de forma ilegal e sem consultar a classe, cederam, entregaram o que não lhes pertencia, promovendo à posteriori uma reunião para uma sala exigua do Sindicato, onde mal cabiam meia dúzia de pessoas. Os bancários, em particular os reformados, compareceram em força, mais de mil, a direção pensou o contrário, que os reformados já não tinham força reivindicativa nem de mobilização.
A reunião ficou adiada para dias mais tarde, e para uma sala maior, onde tiveram que prestar contas da patifaria efetuada, a comunicação social disto não falou.

Quem é que pode acreditar nestes governantes?
Passados nove dias da assinatura deste acordo, foi publicado no DR:
- Lei 64-B 2011- Orçamento de Estado para 2012, no artigo 25º suspende o pagamento dos subsídios de férias e de Natal, pagos pela CGA e pela CNP, para pensões acima de 600€.
No nr. 6 do mesmo artigo acrescenta: "O regime fixado no presente artigo tem natureza imperativa e excepcional, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, especiais ou excepcionais, em contrário e sobre instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho e contratos de trabalho, não podendo ser afastado ou modificado..."

Poder-se-à confiar num estado falido e em governantes, pagos não se sabe por quem para executarem todo o género de patifarias, que hoje dizem uma coisa e amanhã fazem outra?
Quem é que pode acreditar nestes banqueiros, nova vaga, metidos pelos partidos nas administrações dos bancos, que desbaratam o dinheiro que lhes não pertence?
Qual é o cliente que pode ficar sossegado, e tem a garantia que amanhã não é o seu dinheiro que estará em causa?



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