sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

VAMOS DEIXAR QUE GANHEM A BATALHA?

Não quero alterar nada nem o título que coloco no post, não podia estar mais de acordo com este texto, pelo que com a devida vénia será transcrito na integra, desejando a todos que o queiram ler, um ANO NOVO melhor que os últimos, e que e venha outro GOVERNO, porque este já está mais que na hora de se ir embora!

Recebido por e-mail, tem apenas estas indicações - 2013 - 26/12

GOVERNO
CRISE


Está a acabar o pior ano na vida dos portugueses nos últimos 30, aquele em que mais perdemos direitos e bem-estar, por comparação com o passado imediatamente anterior, desde a II Guerra Mundial.
Cento e vinte mil portugueses emigraram. Tanto quanto nos piores anos da vaga migratória dos anos 60 e 70, quando se fugia à guerra em África e à pobreza em Portugal. Os nossos natais voltaram a parecer-se com o que sempre foram até há 30 anos: emigrantes que voltam por uns dias, lágrimas e dor, a sensação de que este país não chega para todos... Qualquer retórica sobre a recuperação económica ressoa cinicamente aos ouvidos de quem continua desempregado, de quem viu subsídio cortado, de quem vê os filhos partirem. Mas é verdade que:
1. O Governo não caiu, mas sabe bem que não tem sustentação social mínima. Em julho, Vítor Gaspar, o mago das Finanças, disse-o quando abandonou o barco: “Há uma erosão significativa no apoio da opinião pública às políticas necessárias ao ajustamento orçamental e financeiro.” A mesma direita que pede a reforma da Constituição – pior: que pede a suspensão de todo o Estado constitucional, o qual deveria, em sua opinião, ser sujeito a esse insustentável princípio da “sustentabilidade”– agarra-se como uma lapa à única regra que nela lhe interessa: os quatro anos de mandato do Parlamento, durante os quais Passos e Portas julgam poder fazer o que lhes apetecer, mesmo que incumprindo uma a uma, todas, as promessas eleitorais, violando deliberadamente a Constituição, em nome de uma receita ideológica ultraliberal que substitui toda e qualquer análise minimamente científica da realidade pelo princípio da maldade do subsídio e do contrato efetivo. A direita dos nossos dias comporta-se exatamente como ela própria se habituou a dizer que o estalinismo se comportava: impõe a mudança da realidade sem sequer a ver. Nela, uma ideologia paupérrima substitui qualquer nível mínimo de formação.
2. Perante a evidência da ausência de apoio social, a direita tanto rejeita a legitimidade das ruas, dos milhões de portugueses que se têm vindo a manifestar e a lutar nos seus postos de trabalho, como foge de qualquer eleição que implique a queda do Governo. Exatamente como em qualquer processo de mudança de regime que se impõe pela força, não se deixa ratificar antes de ser irreversível.
3. O Governo não caiu – mas vai caindo. Relvas, o inaguentável fazedor de reis, caiu ainda antes de o Governo, de facto, chegar a cair, em julho: demitiu-se o mago das Finanças versão 2011, que Passos dizia ser a garantia da credibilidade internacional, o autor da versão original de todas esta políticas, e Portas, o pobre mago da política, de quem, manipulando e desiludindo ex-combatentes, pensionistas e mundo rural, entre submarinos e financiamentos do BES, dependem os números para fazer maiorias parlamentares de direita. Sem estes dois, qualquer solução seria sempre um simulacro. Mas foi o que tivemos: pela primeira vez na nossa história, um primeiro-ministro e um Presidente não aceitaram a demissão “irrevogável” do líder do partido sem o qual não há maioria. Gaspar, o original, foi substituído por Maria Luís dos Swaps, a sucedânea. Caem poucos ministros, mas a catrefada de secretários de Estado a rolarem escada abaixo não é pequena.
4. Não foi interrompido – pelo contrário – o projeto de desmantelamento do Estado de bem-estar social e de mudança de regime político-social no conjunto da Europa. O capital, o mundo dos patrões, os seus partidos (liberais, democratas-cristãos, populistas e ultradireita, mas também os que se dizem sociais-democratas/socialistas) e os seus porta-vozes intelectuais continuam todos empenhados em não relaxar a pressão numa ofensiva à escala global contra os direitos do trabalho que não tem paralelo na história política desde que as direitas (quase) todas se fascizaram nos anos 30 e avançaram com um projeto de mudança de regime que conduziria em muito pouco tempo à maior mortandade da história: a II Guerra Mundial. Toda esta gente clama pelo fim de 70 anos de políticas sociais, como os fascistas clamavam pelo fim de 150 anos de regime liberal, então cada vez mais pressionado para se democratizar pelas esquerdas operárias.
Vamos deixar que ganhem a batalha?

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O mafioso que controla a FIFA

Aquele porco sujo que manda na FIFA, e que anda há muitos anos a viver às custas dos papalvos, que sustentam o futebol, países, clubes, adeptos, todos estes tolinhos, incluindo eu, que adoro o futebol. Se eu mandasse nem que fosse só uma manhã, ordenaria fazer greve durante um mês, ninguém via jogos, nem em casa, nem nos estádios. Não se compravam jornais desportivos, ninguém mesmo ninguém, devia ligar ao fenómeno futebol. Faria todas as de-marches para que este parasita fosse erradicado do poder máximo do futebol mundial.
Aquele bêbado, deixou cair a máscara. Toda a gente sabe das porcarias que ele tem feito com os portugueses, ainda o ano passado, o Mourinho foi o Treinador mais votado para o melhor do mundo, e aquela corja, atribuiu o título ao Vicente del Bosque, que deve ser uma jóia de pessoa, mas não passa disso, já correu meio mundo, e não passa de um treinador mediano, que tem o privilégio de ser o treinador da seleção espanhola, que com a base do Barcelona, tem ganho tudo. Já levou uma grande lição do Brasil de Scolari, e agora veremos no próximo Campeonato do mundo.
Voltando ao que me trouxe aqui, é indigno tudo o que se tem dito, e feito sobre o fenómeno futebolístico que é Cristiano Ronaldo. Toda essa teia montada, culmina com as declarações do palhaço do presidente da FIFA (recuso pronunciar tal nome, este germe, não tem nome), infelizmente até em Portugal há quem o ostracize, porquê? Porque vem das escolas do Sporting?, porque marcou um golo ao Benfica e festejou, quando ainda era um miúdo e estava no Manchester?, perguntem na Argentina, se alguém gosta mais do Cristiano que do Messi, não pelo seu valor como atleta, mas porque puxam por aquilo que é deles!
Os portugueses e Portugal, não merecem ter um Cristiano Ronaldo.
Aquela comparação com o Eusébio, que ofendeu toda a nação benfiquista, a maioria deles nunca terá visto jogar o Eusébio, sem dúvida um dos melhores do mundo de todos os tempos, mas, o futebol daquele tempo jogava-se a dez à hora e haviam metade dos jogos por época, nacional e internacionalmente, o Cristiano ainda na flor da idade já lhe pulverizou todos os record´s. O Eusébio, era um exímio jogador, mas um péssimo desportista, bebia muito, saía à noite, mulheres mais que muitas, etc.. etc..., saiu cedo da carreira futebolística, por lesões sucessivas no joelho, a medicina também não era tão avançada como é hoje, e ele foi um mártir coitado.
O Cristiano já leva uma carreira de uns anos bons sempre no topo, contam-se pelos dedos de uma mão quantas vezes esteve aleijado, joga todos os jogos, até os mais fáceis, enquanto a grande maioria fica a descansar. Quantas vezes o Messi não jogou o ano passado e este ano? Fora do Barcelona, na seleção Argentina, qual é o seu rendimento? A seleção Argentina, tem grandes jogadores nada que se compare com as nossas "chocas", portanto deveria também ali ser o grande Messi, com enormes jogadores a ajudá-lo, mas não é.
Custa-me muito ouvir alguns desqualificados, gritar pelo nome do Messi em Portugal com o intuito de ofenderem o Cristiano Ronaldo. Agora veio este bêbado, porco sujo, palhaço sem graça, tentar fazer chacota de um jogador de eleição que só tem dignificado o futebol, Portugal e os clubes por onde tem passado, sendo hoje um dos maiores cartões de visita do futebol mundial, isso só por si devia ser levado em consideração pelo presidente do órgão máximo do futebol. Não o fez, logo tem que se ir embora.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Acabei hoje as minhas férias escolares!

Férias?
Isso é coisa que deixei de ter já lá vão uns tempos bons, se considerar-mos que férias é um periodo destinado a descanso, ou viagem de sonho, isso é algo que já não faço há muito tempo.
Ou porque há netas para tratar, ou isto ou aquilo, mais o problema vigente dos cortes salariais.
À parte um ou outro dia fora, uns dias com amigos, uns almoços, uma ou outra festa de verão, férias não houve nada, de futuro se calhar só quando morrer.
No entanto não deixei de ter os meus momentos felízes, embora tenha havido pelo meio, uma dupla operação que me privou da minha vida normal, condicionando a minha mobilidade e boa disposição.
Não venho aqui hoje para falar de coisas menos boas, antes dizer que hoje é um dia muito felíz para mim, embora a partir de hoje tenha que me levantar de madrugada, é o primeiro dia de aulas das minhas netas, coincidente, com a felíz boa notícia de a minha Carlotinha, ao candidatar-se a duas vagas para uma Bolsa de Estudo, no Conservatório de Música de Sintra, patrocinadas pela Câmara Municipal de Sintra, para alunos das Escolas de Música das Bandas Filármónicas do Concelho, entre muitos alunos dos mais diversos instrumentos, alguns com mais anos de aprendizagem, foram por ela superados, isso deixa-me estremamente orgulhoso, e, com a lágrima ao canto do olho.
Quero que ela seja a executante musical que eu podia ter sido e não fui, tenha tudo aquilo que eu nunca tive.
Pelas netas farei tudo, e na música exceder-me-ei, para lhes satisfazer todos os caprichos.
Como só ontem tive oportunidade de receber do meu amigo Jaime Pereira, este video do Concerto de Aniversário dos Aliados que ocorreu em junho deste ano, será com essa interpretação da Carlota a solar uma peça (que não é assim tão simples de executar), com os seus treze anos, à frente da Filarmónica, que vos deixo por agora esperando que gostem tanto como eu.

domingo, 8 de setembro de 2013

Como eu vejo a presidência do Dr. Seara em Sintra.

O Dr. Fernando Seara, veio para Sintra ser Presidente da Câmara, porventura com pouca ou nenhuma noção do que vinha encontrar.
Foi eleito com base no apoio que lhe davam os partidos CDS/PSD, com o trunfo do desgaste provocado por uma governação PS com Edite Estrela, muito despesista e pouco concensual, e na muita popularidade alcançada na televisão onde fazia comentários sobre futebol, com José Guilherme Aguiar e Dias Ferreira, ao tempo ainda na RTP.
Terá cometido erros durante o seu madato, eventualmente muitos, mas, Sintra é um concelho difícil de governar, os cofres da Câmara há muito que estavam desfalcados fruto de gerências anteriores menos criteriosas.
Não deixará muita obra feita, daquelas de encher o olho, e os seus bolsos, mas terá tentado arrumar a casa, fez promessas que não cumpriu, como os demais, enquanto pode, e, como pode ajudou muitas coletividades, grupos desportivos e obras de ação social, acabou o dinheiro acabou-se tudo.
Estive com ele algumas vezes em que nos cumprimentámos, duas delas em funerais de família muito próxima, foi reto educado, um Senhor. Tem por hábito comparecer nas cerimónias fúnebres dos funcionários ou familiares destes, mais chegados.
Bom vivent, gosta dos seus almoços com amigos, tem os seus restaurantes prediletos, fez cá amigos, alguns tiraram disso partido, a ponto de serem galardoados com a medalha de ouro e prata do concelho, por méritos que não têm, não tiveram, e nunca virão a ter, enfim, outros que o mereciam ficarão em lista de espera.
Eu não me quero alongar em comentários onde poderei errar, dizendo coisas que não domino bem, entendo que o "reinado" do Dr. Seara em Sintra, foi proveitoso e ficar-lhe-ei, grato, porquê?
No tempo da Drª Edite Estrela, o telhado e o estuque do teto da Sociedade União Sintrense, estavam a cair, ao ponto de ter sido vedada toda e qualquer atividade lá dentro.
A presidente garantiu o pagamento da reparação.
Um ano ou dois antes de cessar funções, mandou lá uns técnicos que colocaram a sala cheia de varas de ferro para suportar o teto e evitar a derrocada.
Ali permaneceram eternamente, com um custo diário, entretanto foi-se embora e ficou por liquidar, se se a Sociedade estava mal pior ficou com mais aquele encargo.
Nunca mandou avançar com a obra, pelo meio ficaram propostas de alguns membros da Câmara ligados ao assunto, entre elas; - Só avançamos com a obra se a Câmara ficar com direitos de superfície durante cinquenta anos e outras barbaridades do género.
O atual presidente a determinada altura, conseguiu desbloquear a situação, e ajudar a recuperar aquela que será sempre a minha segunda casa.
Está lá uma obra que orgulha os sintrenses, e todos aqueles que gostam da Sociedade União Sintrense.
Dir-me-ão que isto não faz uma presidência de onze anos, não é este o modo de avaliação etc.
Eu pergunto o que é que os outros têm feito melhor, para Sintra?
Qual o presidente anterior que tratou melhor o centro histórico?
A Vila está assim há anos, a degradar-se, foi no tempo do Dr. Seara que se recuperou muita coisa, como o edifício da antiga padaria Tavares, o Hotel Costa, hoje turismo. Desbloqueou a obra do Bristol, não resolveu o problema do trânsito e muitos outros problemas, mas os anteriores também não resolveram, e não espero que os próximos presidentes ainda no tempo que me resta de vida venham a resolver.
Sei que Sintra não é só o Centro Histórico, mas fazer muita obra nas zonas urbanas, só porque é lá que estão os votos, e deixar o Centro Histórico ao abandono, que é a galinha dos ovos de ouro do Concelho também está mal, e este mal tem décadas.
Não sou da sua côr política, nunca fui nem espero vir a ser, antes pelo contrário, logo não posso ser considerado bajulador, lambe botas, ou outro mimo que me queiram aplicar.
Cumprimento-o com o respeito como sempre o fiz pessoalmente, desejo-lhe felicidades, no entanto espero que perca a eleição para a Câmara de Lisboa, a favor do Dr. António Costa pessoa que também estimo, embora tenha o mesmo defeito do senhor, são ambos benfiquistas.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ADEUS ESCOLA PÚBLICA

Certamente que a minha amiga Graça, fará no seu blogue um artigo mais capaz sobre esta matéria porque é uma profissional do assunto, conhece-o por dentro e por fora, o que lhe dará um crédito que eu não tenho, pelo que me limito como sempre faço a dizer o que penso.

Ontem vi e ouvi o ministro da educação, todo ufanante anunciar que vai financiar os alunos ou as famílias, para que cada um seja livre de escolher, entre a escola pública e a escola oficial.
Para mim não é nada mais nada menos que um presente envenenado, porque os tansos são capazes de cair nesta esparrela, tirar os seus filhos da escola oficial, para os colocar no particular, onde pensam que vão ter acesso imediato, e serem muito felizes, mas desenganem-se, porque esta prorrogativa vai beneficiar prioritáriamente aqueles já tiveram dinheiro para ter os filhos nessas escolas, como a situação mudou tiveram que os retirar, e agora estão abertas as portas para voltarem.
Alguém está a ver os meninos de famílias bem, juntarem-se aos "pobretanas"?
Se no universo de mil alunos candidatos ao ensino privado, entrarem 10 pobres, estes terão a vida feita num inferno. Serão ostracisados, ignorados, esmagados mesmo, pelos meninos/as queques, burros/as, não querem conviver com aqueles que consideram "a ralé".
Isto é um primeiro ponto negativo, mas esta medida para mim tem como base o fortalecimento do projeto ministerial presente, de despedimento absoluto dos professores do setor público.
Porquê?
Se o ministro como que por magia conseguir que funcione esta diretiva, através do êxodo dos alunos do público para o privado, nem que para tal façam turmas só para alunos vindos da escola pública, tipo gueto nas escolas particulares, vão haver mais escolas a fechar, despedimentos em massa de auxiliares de ação educativa, professores e outras pessoas que vivem profissionalmente do ensino público.
Não quero ser profeta da desgraça, mas deste governo não auguro nada de bom. Nada foi feito de bom em prol dos portugueses, neste tempo em que infelizmente nos caiu em cima esta verdadeira desgraça.
Gostava muito de cada palavra minha fosse o mais absoluto engano, mas o passado governativo diz-me que vou ter razão.


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O PAI TIRANO


Portugal ainda do tempo da monarquia, quem tinha dinheiro, investiu trabalhou, ou já era rico, fez obra, deu trabalho e dignidade a muita gente, esse modelo prevaleceu até à decada de setenta do século XX, começando a debacle, hoje fecha uma loja, amanhã uma fábrica até à desgraça dos dias de hoje. 
Hoje os notíciários sobretudo da Antena 1, e Canal 1, estão fartos de falar no 25º aniversário do "Incêndio do Chiado", pesquisei e dou de caras em vários lados com a data de 25 de Agosto de 1988, quem tem razão?
O Grandella, de Francisco de Almeida Grandella, homem que veio trabalhar para Lisboa em 1863, para uma loja na Rua dos Fanqueiros, dezasseis anos depois já estava a montar o seu próprio negócio no mesmo ramo, até ser o pioneiro em Grandes Armazéns, criando os seu grande Armazém ao qual deu o seu nome, equipado ao melhor estilo de Paris. Mais tarde foi copiado pelos irmãos Nunes dos Santos, fundadores dos Grandes Armazéns do Chiado, logo ali ao lado.
O primeiro como homem do povo e membro do partido Republicano, fez bairros para os trabalhadores, dotados  de creches e escolas para os filhos dos seus empregados, além de outras obras sociais.
Os Armazéns do Chiado, obra dos Irmãos Nunes dos Santos, tiveram a sua origem no antigo Palácio dos Barcelinhos, de que eram inquilinos, tendo adquirido o edifício em 1927 aos herdeiros do Visconde de Ouguela.
Isto é história, quantas vezes nos deslocámos ali para fazer compras, se bem que a partir dos anos sessenta, talvez porque os fundadores já estavam velhos, e quem os substituia não podia ou não sabia dar a volta à situação, estas lojas já não eram as casas mais chiques de Lisboa, e até já pairava no ar o cheiro do fim.
Sou um fanático pelos filmes do Vasco Santana, em especial do PAI TIRANO, todo passado à volta dos empregados do Grandella, e do seu pseudo-GRUPO CÉNICO, sei quase todas as deixas, e, quando dá na RTP MEMÓRIA, mesmo que não veja as cenas todas, ainda sorrio sempre com determinadas passagens e trocadilhos do enrredo, acho uma delícia.
Quem diria que um filme feito na época, numa loja tão multifacetada onde tudo cheirava a progresso, a máquina do tempo encarregar-se-ia de destruir tudo, com um incêndio, que para mim ainda tem muitas nuvens de fumaça por investigar.
O PAI, foi um Tirano!

Pesquisas: - blogue Rua de Lisboa, e Wiipédia.




Cenas do Filme "O PAI TIRANO"
 

O Lema: - A frase que termina o filme!
 
Publicidade de secção de luvaria - hoje impensável, ???luvas pele de cão????!!!!!!!!!!!!!
 

terça-feira, 2 de julho de 2013

É TUDO PARA MATAR!

Retroceder é a palavra de ordem.
Portugal é o país da marcha atrás, retrocedemos mais de quarenta anos. Eu tenho que ir buscar às minhas memórias de menino dos cinco aos dez anos, para comparar com o que se passa atualmente.
Quando eu era menino, a distração aos domingos, era ver chegar as ambulâncias com fulanos esfaqueados, em richas motivadas pelo alcool, normalmente vindas das aldeias vizinhas.
Eram a ementa da época, a ausência de assistência médica e medicamentosa, os atestados de pobreza com os escalões passados pelas Juntas de Freguesia, sendo o escalão Zero/O igual a indigente, depois A, B,C, consoante as suas posses, para ter acesso aos Hospitais Civis, e às Misericórdias.
Acho que é o caminho que estamos a trilhar neste momento.
Vem-me tudo isto tudo à memória, porque agora somos confrontados diariamente, com mortes pelos motivos mais diversos, de pessoas de ambos os sexos, sem olhar a idade, tudo serve, novos e velhos.
A vida que era um dos valores mais sublimes pelo menos para a maioria dos portugueses, foi chão que já deu uva, agora matam-se as pessoas por dá cá aquela palha, e veda-se o acesso aos cidadãos à assistência na doença, reformados pensionistas e idosos é tudo para matar, operações só para quem tem dinheiro.
O povo acaba por fazer a vontade ao primeiro ministro, e vai matando um aqui outro acolá, porque conforme notícia do jornal público de 3 de maio de 2013, o sonho desse senhor é limpar o sebo no mínimo a um terço dos seus concidadãos.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

RENAULT JOANINHA

Este Renault 4cv, teve em Portugal o apelido de RENAULT JOANINHA, devido à forma da sua corroceria semelhante a uma joaninha.
Um produto da indústria automóvel francesa, que é mais velho que eu um ano, pois o seu iníco de comercialização do modelo começa em 1946, e termina em 1961.
Era um carro de motor e tração traseiras, com 750cc de cilindrada.
Já havia naquele tempo pessoas que gostavam de fazer alterações hoje diz-se tuning, mas lembro-me muito bem de ver um carro destes, cinzento metalizado, todo artilhado a fazer a rampa da Pena nos anos sessenta. Claro que corria para ganhar o grupo onde estaria inserido, nos carros de baixa cilindrada, mas lá andou ele uns anos a dar luta, porque eu vi-o lá muitas vezes.

 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Os DKW - AUTO UNION

Continuando o tema de ontem marcas de automóveis antigos, quero relembrar aqui os DKW-AUTO UNION, automóveis da engenharia alemã, que na época eram carros de pouca potência, mas fiáveis e robustos, pouco luxuosos, com uma carroceria oval, e peculiar, depois a marca fez vários modelos, uns mais bem sucedidos que outros.
Tinham um trabalhar muito característico devido ao seu motor a dois tempos, e tração à frente.
O simbolo da Auto Union, quatro argolas unidas em linha reta, simbolizam a união de quatro marcas de automóveis alemãs, a Audi, a DKW, a Horch, e a Wanderer.
No pós guerra, a Alemanha mergulhada numa crise profunda só tinha capacidade para adquirir, os DKW das fábricas AUTO UNION, eram viaturas robustas, económicas, e mais baratas, já que as outras três marcas se dedicavam a viaturas de gamas mais altas. A DKW, sempre fiel aos seus motores a dois tempos, lá continuou a sua vida enquanto as outras perderam notariedade.
A morte da DKW, dá-se no momento em que a Volkswagen compra a Auto Union, ressurge a marca Audi, acabam-se os DKW's e os motores a dois tempos.

 
 
 
 

O emblema da marca. As argolas unidas, simbolizam as quatro fábricas.
 


Foram produzidos vários modelos, uns mais apelativos, e para carteiras mais recheadas.
 
O célebre motor tri-cilindrico, DKW (a dois tempos) que durou até ao fim da marca.


O último modelo DKW produzido foi o F 102, cuja carroceria e plataforma viriam a inspirar, e, servir para a produção dos novos AUDI, cuja marca ressurge, já com o advento da Volkswagen.
Quando trabalhei na Cergal o meu chefe de oficina de mecânica-auto, tinha um carro destes, mas já com motor a quatro tempos da nova era AUDI, de resto era em tudo igual.

O DKW - F102
 
Fotos Google Imagens!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os automóveis, outra grande paixão!

Ainda hoje pela manhã, pensei em fazer o funeral a este espaço, porque não sou um bloguista assíduo, nem convicto, rego muito poucas vezes esta flôr, portanto ela tem mais para morrer, do que para estar viva e viçosa.
Ainda não foi desta, porque de repente lembrei-me que sendo eu desde muito pequeno, um louco por automóveis, que os conhecia só pelo trabalhar, e pelo som dos seus claxon's, é verdade, eu diferenciava um Fiat, de um Morris, de um Citroen, ou outro dos mais famosos, por qualquer um destes parametros. Se havia corridas na Rampa da Pena, lá estavamos nós de manhã à noite a vê-los, o Filipe Nogueira, o Conde de Cabral, o Horácio de Macedo, o malogrado D. Fernando de Mascarenhas (Marquês de Fronteira), que ao volante do seu Mercedes 300SL, morreu nas estradas do Mónaco, e muitos outros famosos que já se apagaram da minha memória.
E os rally´s, não falhava um, vi todos os TAP-RALLY de PORTUGAL, do primeiro ao último que passou por Sintra, e outros que se faziam antes de haver o Rally de Portugal, e se realizavam nos arredores Lisboa, especialmente na zona de Sintra.
A paixão começou cedo, e nunca se desvaneceu, passo horas a ver automóveis na internet, continuo a ver programas que aparecem nos canais de cabo, em que se restauram automóveis antigos, um dia destes estava a ver no programa "SOS AUTOMÓVEL" um programa inglês, que mostrou onde eles vão buscar peças para reparar máquinas antigas, e onde apareceu uma oficina/museu, onde tudo o que fosse LOTUS era só pedir, então lá estavam em exposição todos os LOTUS, sobretudo aqueles que faziam as delícias de quem gostava de rally´s, os LOTUS CORTINA, que durante muito tempo deram cartas, até chegarem outras opções FORD que os destronaram.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 




A indústria automóvel inglesa, foi engolida pelas grandes multinacionais, Americanas, e Alemãs, mas eles não abdicaram das suas marcas, guardam os seus velhos Rover´s, Lotus, Consul, Morris e Austin, e outras marcas antigas, restauram-nos, têm os seus clubes de marca, fazem as suas concentrações, estão moribundos mas não mortos. O mundo dá muita volta, quem sabe um dia os Ingleses não voltam à ribalta da Indústria automóvel, conhecimentos não lhes faltam, houve foi um grande desinvestimento,  excesso de oferta, a globalização e a crise que já vem de longe fizeram o resto.
Não esquecer que os ingleses são os pais dos Rolls Royce, Bentley, e Aston Martin, entre outros!...
Prometo voltar ao tema, com outras "JÓIAS SOBRE RODAS".

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Com gente desta não nos safamos!

Como se não bastasse sermos governados por quem somos, temos que nos confrontar ainda com um povo reles, que agindo por impulso, a primeira coisa que se lembra é destruir, e molestar o património que é de todos nós.
Não tem nada que ver com a minha cor clubistica, mas achei vergonhoso o que alguns benfiquistas fizeram ao pintar a estátua do Marquês de Pombal. A frase tem piada, a oportunidade também, porque foi logo após o Marítimo - Benfica, mas, colocavam lá uma placa em madeira, de por e tirar sem estragar o monumento.
Logo ali, mesmo no coração da cidade à vista de todos nacionais e estrangeiros.
Que dirá quem nos visita ao ver tão lindo serviço?
- Esta gente não tem classificação, ou outras coisas piores concerteza!
Quem foi, ou quantos foram não importa, nem que tenha sido só um, o que conta para mim é o ato de desprezo pelo património que é de todos.
Há muita falta de cultura e de valores, as escolas muitas delas estão cheias de grafitis nos muros e nas paredes.
O Estado também não pode argumentar muito, porque despreza também ele os seus bens, e os seus monumentos, o dinheiro só chega para alimentar os tubarões, a tendência é para piorar, porque os cortes na Educação, na Cultura e tudo o que é social, e, mexe com o povinho é para cortar.
Ontem o novo Rei da Holanda acabado de tomar posse, disse que passaria a ganhar menos porque aquele ordenado era muito dinheiro e há holandeses a passar mal!
Lembrei-me logo do nosso presidente, coitado, que não consegue viver com a pobre reforma de quase quinze mil euros, fora a sanguessuga que é viver das mordomias do Palácio que tem um orçamento anual de 4,5 milhões de euros, coisa pouca.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

18 de fevereiro de 1947

Parabéns Maria Madalena.
Para ti, que ao longo destes quarenta e seis anos,  me tens aturado nos bons e maus momentos, os meus votos de que faças muitos anos, e que possamos envelhecer juntos, ainda úteis e com saúde.
Para ti, aqui te deixo em forma de prenda de aniversário, um grande ramo de rosas vermelhas, com um grande beijo do teu marido que te ama muito.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Almoço comemorativo do meu aniversário e da Carlota.

Há sempre festa, mais simples, mais sofisticada, mais gente  menos gente, mas passar em claro o 7 de fevereiro, seria um sacrilégio, isto em relação à CARLOTA, porque adora o dia do seu aniversário, e como somos dois aniversariantes no mesmo dia, há festa normalmente!
Este ano no sábado dia 9 do corrente, convidámos a família mais chegada, mesmo assim passou a vintena ao almoço, e ao lanche eramos trinta.
Houve música ao vivo, aparelhagem montada, microfones, tudo à volta do piano acústico da casa que foi minha, e agora é da minha filha, tocado pelo, "tio Xixó",  houve baixista, cantor, saxofone alto, percussionista, outro pianista (o meu afilhado João filho do Xixó), houve cantoras espontâneas, isto na parte artística depois do lanche.
A comida estava ótima como sempre, e não é para me gabar, mas a empresa de catering Casa da D. Madalena, que me fornece quase à cinquenta anos, nunca faz má figura.

Ementa:
Bacalhau espiritual, com toque à Madalena
Cabrito assado no forno, com batatinhas novas
Frango do campo assado no forno (para quem não gosta de cabrito)
Leitão dos Negrais, "Tia Alice" (assado no dia, fui lá buscá-lo à saída do forno, ainda vinha quente)
Rissóis de camarão caseiros (com camarão), croquetes, tartes de quiches, queijos, bolos caseiros, e mousse de chocolate feita pelo meu genro, qualidade superior, daquelas que se vira a taça e permanece imperturbável, sólida e arrendada, com um sabor delicioso. Quando for grande também quero fazer mousse assim!...






Bem para os tempos de crise, foi um dia diferenciado, esquecer a Troika, e divertimento, foram as palavras de ordem. Há algum tempo que não festejavamos o nosso aniversário com tanta família junta, vamos ver, se não será o último.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O CICLONE II

Desde muito pequeno que me lembro de naquelas noites de inverno, com muita chuva e vento, ouvir o meu pai dizer que tudo aquilo comparado com o ciclone não era nada.
O ciclone, o ciclone!...
De vez em quando lá vinha a palavra ciclone, o bicho mau que assolou a Serra de Sintra, tendo levado tudo ou quase tudo, que encontrou no seu caminho. Estava-se então no ano de 1941, e não na década de cinquenta como erradamente já ouvi falar na televisão.
Aquelas eram as histórias dos velhos serões em família, em que depois do jantar se ouviam as notícias da antiga Emissora Nacional, mais o folhetim, que tinha o nome e bem, de Teatro Radiofónico,  interpretado por grandes nomes da cena portuguesa, era o refúgio dos atores à época, como hoje se refugiam nas telenovelas.
Após a audição, o máximo 22h já estava tudo recolhido.
Na altura as lenhas tinham muito valor, porque o gáz era uma miragem, a maioria dos sintrenses, e dos portugueses em geral, tinham as antigas, e, celebérrimas máquinas a petróleo da Casa Hipólito de Torres Vedras, e os fogões a lenha que muitas vezes estava aceso de manhã à noite, que além de fazer a comida tinha a missão de aquecer a casa. Por isso a madeira era um combustível com muito gasto, e, também muito o carvão.
Fizeram-se grandes fortunas com este desastre natural. Os madeireiros sempre bons negociantes, compravam a lenha de um hectar, que teria "x" ester´s, e, levavam o dobro ou o triplo, com uma nota de cem ou cinquenta escudos (era dinheiro), ninguém os importunava.
Passados sessenta e alguns anos, eis que o país de Norte a Sul, foi varrido por essa força da natureza, que mais uma vez escolheu as àrvores que tanta falta nos fazem, como a sua principal vítima.
Sintra e a sua magestosa serra está irreconhecível, já muito se disse escreveu e filmou, sobre o tema, mas a mim dói-me particularmente, o facto de os Parques, em especial o da Pena, apresentar tal estado de degradação devido ao fenómeno natural que o esventrou.
De realçar sobretudo o azar que foi uma dessas árvores com a sua queda, ter destruído todo um trabalho meritório que estava a ser feito na recuperação do Chalet da Condessa de Edla.
Felizmente tive oportunidade de lá ter estado este verão e levar a minha filha e netas, para que podessem apreciar tal beleza.


 
 
 
Agora quando haverá verba para reparar o que já estava reparado, ficou num estado de destruição tal, que só muito boa vontade e verbas vindas de não sei onde, poderão repor tudo, porque os trabalhos ainda não haviam terminado.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

DIAMANTES NEGROS, não são só música!

Já uma vez escrevi sobre as capacidades artisticas fora da música, de alguns elementos que fizeram parte da nossa banda.
Lembro-me de também ter escrito e enviado trabalhos para um blogue sobre música dos anos sessenta, a enaltecer os dotes como pintor, e da arte do Raimundo, mais conhecido por Charlie, nosso ex-baterista, que me substituiu quando fui para Angola.
Hoje queria apresentar a arte que o nosso Camena (Carlos Branco) tem, como fotografo. A forma romântica e expressiva, como a obetiva dele vê os planos, dizem muito da sua maneira de ser como pessoa.
Sempre foi um bom menino e um bom homem, com aquela compostura própria de quem tem a espinha direita, e não fica indiferente ao que se passa à sua volta.
Parabéns Camena.
Deixo-vos aqui dois videos que apresentam parte do seu trabalho.
Merece ser visto, espero que gostem tanto como eu.