Quando aqui escrevi a propósito de mais uma passagem de ano, que o programa que me deteve horas agarrado ao televisor sem estar a saltar de um lado par o outro, foi o programa na RTP MEMÓRIA, "Só nós Três" com Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho, que por acaso até tive o privilégio de ter sido comentado pelo próprio Fernando Tordo, por esses dias estava eu longe de pensar que esta referência da música do meu tempo, nos iria deixar e partir para o Brasil.
Admito que haja quem goste, e quem não goste, da sua música ou da sua pessoa, ele também nunca fez fretes para que gostassem dele, foi polémico e eventualmente pouco simpático para algumas pessoas, mostrou sempre não ser um acomodado, ninguém lhe poderá nunca apelidar de burro, antes pelo contrário, é um homem culto e inteligente, bom músico, a sua música ficará para sempre no imaginário dos portugueses que lhe conhecem a obra e têm sensibilidade musical, apenas teve o azar de nascer neste maldito país.
O que mais me incomoda nesta "novela" é os escribas do regime (que os há como erva daninha), virem a terreiro para lançar a confusão, venham envenenar escrevinhando que, o homem recebeu 200 e tal mil euros por ter feito uns espetáculos para Câmaras Municipais, e outras entidades sem ajuste direto.
Como se depois das contas bem feitas, não se chegasse à triste conclusão que aquilo dividido pelo tempo, deu uma micharía.
Sem ajuste direto?
Que conversa é esta?
Os artistas que até só deveriam ter que se preocupar com a sua música, e a sua criatividade, foi-lhes criada toda uma burocracia, que para poderem trabalhar tem que se organizar como empresas, papéis e mais papéis, escritas com técnicos de contas, IRC e essas tretas todas.
Têm ainda que contactar com as entidades para angariar contratos, ou fazem-no sozinhos ou pagam uma percentagem aos empresários geralmente 10%, pode ser mais.
Depois de receber o cachet, pagar a músicos, carregadores, empresas de som e iluminação,alimentação e estadia, pouco resta podem crer.
E vêm estes merdas destes jornalistas a mando destes bandalhos, que até para varrer o chão do palácio de São Bento contratam a empresa de um eventual correlegionário sem ajuste direto, por milhares de euros, qual é a moral?
Como se a arte fosse algo que se deva fazer por concurso público?
Então de que valeria aos artistas que estudam anos a fio tiram cursos e formaturas, e sabem mais que os outros, terem esse trabalho, se depois os Concursos Públicos davam o trabalho aos menos capazes porque faziam mais barato. Se assim fosse qualquer dia estaríamos a ver o Quim Barreiros e o Emanuel a atuar na Gulbenkian, e em São Carlos, porque as Óperas e as Orquestras custam muito dinheiro, e os outros levam mais barato.
Ora vão todos dar uma volta, para não escrever as asneiras todas que me apetece aqui escarrapachar.
Estes jornalistas da treta ao serviço dos patrões deste "governo" de norte-coreanos!!
ResponderEliminarRaios que os partam a todos!!